quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os bons morrem jovens...

                                               "É tão estranho. Os bons morrem jovens."

          Já dizia Renato Russo anos atrás. Mal sabia que ele mesmo poderia ser protagonista desta canção, vindo a falecer também ainda com pouca idade, considerando a normalidade da expectativa de vida de um brasileiro.

           Falar em percas é falar de dor. A dor é o que sentimos quando algo nos é tirado.Seja uma criança, um adulto, ou um idoso, todos sofrem.O sofrimento é real, e não conseguimos nos esconder dele.Alguns pensam que se isolando sofrerão menos, outros, preferem mergulhar em meio as multidões.
          O fato é que nosso estado não nos garante nossa felicidade.Em alguns casos, o estado precisará de outro fator chamado tempo, para juntos nos garantirem felicidade. No meu caso, ontem eu não tive tal felicidade. Ouvir uma notícia ruim é chocante. À princípio, consideramos mentira, mas o fator tempo nos mostra que infelizmente é verdade.
          Perder dinheiro é ruim. Perder emprego é decepcionante. Perder uma festa é frustrante. Perder uma pessoa é perder as palavras para definir nosso estado. Quando tal pessoa é uma pessoa jovem, alegre, contagiante, simpática, carismática, amada, e ainda faz parte da família, a dor é ainda maior.
         
          As palavras deste texto só irão me trazer desabafo pela decepção da perca, mas serão incapazes de resolver a situação passada.

          O que foi passou.
          O que era já não é.
          O que não é, não existe.
          O que não existe não nos atinge.
          Então como explicar um momento como esse?
          Como conseguimos ser atingidos pelo que não existe?

         Um momento em que não temos, mas sabemos que mesmo assim continuamos a ter. No mesmo instante que somos convencidos de que perdemos, acabamos tendo a certeza de que não é possível perder o que não existe. A verdade é que se somos afetados pelo que aparentemente não existe, temos que pensar na possibilidade da existência daquilo que nos atinge.
         Pode parecer complicado, mas quando se sofre pelo que não existe, é como se mesmo não existisse a possibilidade de perder o que existe.
         A vida é curta. Nossa existência é passageira, como uma neblina que logo passa, e desaparece.
   
        Aos que ainda existem neste mundo físico, resta a lembrança dos que ainda existem num mundo espiritual. É exatemente neste momento que notamos a manifestação do homem como um ser que tem parte espiritual.
        Notar pessoas chorando diante de outra que se foi, é notar que somos seres mortais, medrosos e despreparados quando nos deparamos diante dela, a morte.
        A culpa é do próprio homem que pecou e permitiu que a morte entrasse no plano fisico.
    
         O que nos conforta, é lembrar que existe um Deus que é autor e cosumador. Que faz e refaz, que tem todo o poder em suas mãos. A esse Deus, levamos nossa dor e esperamos o consolo, pois sabemos que o Seu Espirito é um Espirito Santo e Consolador.

          Que O Senhor nos abençoe nestes dias. Que o Espirito Santo esteja com todos que de certa forma foram tocados pela perda desta jovem que já deixa saudades.

                                                                                                      Dieison Henrique, Primo



 Os Bons Morrem Jovens
  Legião Urbana

É tão estranho

Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais

Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!

Eu continuo aqui

Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...

Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...

É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...

Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer

Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste Ano
O verão acabou
Cedo demais...







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